sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Cantares

Fechou a porta devagar, deixou atrás de si um dia de números, de prazos… de preocupações. Enquanto descia as escadas folgou a gravata e sorriu ao segurança de serviço. Respirou fundo dentro do carro avançou decidido a fazer-se ao alcatrão. Ia experimentando ao longo do caminho uma calma e a descompressão do dia…

Por debaixo de uma árvore estacionou, saiu e cumprimentou os velhotes que o saudaram. Da bagageira retirou uma pequena mala, que levou consigo enquanto percorria a calçada gasta pelo tempo. Perto da igreja, encontrou uma pequena multidão, acenou e entrou numa velha adega. Retirou da mala uma muda de roupa…

Na penumbra da casa diluiu-se no meio dos outros e cantou…



 

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