quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Dead parrot - monty python



C: 'Ello, Miss?
Owner: What do you mean "miss"?
C: I'm sorry, I have a cold. I wish to make a complaint!
O: We're closin' for lunch.
C: Never mind that, my lad. I wish to complain about this parrot what I
purchased not half an hour ago from this very boutique.
O: Oh yes, the, uh, the Norwegian Blue...What's,uh...What's wrong with it?
C: I'll tell you what's wrong with it, my lad. 'E's dead, that's what's
wrong with it!
O: No, no, 'e's uh,...he's resting.
C: Look, matey, I know a dead parrot when I see one, and I'm looking
at one right now.
O: No no he's not dead, he's, he's restin'! Remarkable bird, the Norwegian
Blue, idn'it, ay? Beautiful plumage!

este sketch estava muito à frente do seu tempo...

sábado, fevereiro 18, 2006

Manias...

Respondendo ao desafio...

Não sei sequer se são manias ou se talvez alegrias de uma vida que transvasa, só sei que as trago comigo e olhando para o umbigo do trabalho até à casa..

1) gosto de ler.. talvez por isso leio sempre, e ao mesmo tempo varios livros de uma vez...a meio de um vou lendo outro.. por vezes confundo-os.

2) A mania das viagens... de conhecer, de experimentar, de viver... de evitar os percursos turisticos, de me meter por ruelas e nas festas à socapa.eheh

3) as vezes fecho os olhos, como se de um obturador se tratasse e fixo fotografias que guardo no album da memória.

4) de me levantar cedo e ir para o mar... e entrar sozinho nas ondas, eu e a prancha... lava-me os olhos e a alma

5) de escrever.. de dizer o que vai cá dentro, em cadernos e em folhas soltas.. e sobretudo de recordar, de guardar papeis que não servem para nada...

Não sei sequer se são manias ou se talvez alegrias de uma vida que transvasa, só sei que as trago comigo e olhando para o umbigo do trabalho até à casa..

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Where is your mind?...



Menina bonita, menina frágil que corres com pressa, que voas ágil, de que corres tu? De que medos te escondes, em que aldeias em que montes? Em que pensas tu de rosto carregado, de olhos penetrantes, de corpo cansado. Vagueias sem destino, vais para todo o lado, procuras na vida o teu triste fado… e eu? Cansado.
Devolve-me os passos, o som da calçada, a alegria do riso… sim a gargalhada. O fundo de mim anseia por ti, entendes? Como posso viver e queixar-me entredentes.

Estamos os dois sentados à anos, nas mesmas cadeiras com os mesmos planos. Eu sentado a olhar e tu… sentada a viajar.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Cantares

Fechou a porta devagar, deixou atrás de si um dia de números, de prazos… de preocupações. Enquanto descia as escadas folgou a gravata e sorriu ao segurança de serviço. Respirou fundo dentro do carro avançou decidido a fazer-se ao alcatrão. Ia experimentando ao longo do caminho uma calma e a descompressão do dia…

Por debaixo de uma árvore estacionou, saiu e cumprimentou os velhotes que o saudaram. Da bagageira retirou uma pequena mala, que levou consigo enquanto percorria a calçada gasta pelo tempo. Perto da igreja, encontrou uma pequena multidão, acenou e entrou numa velha adega. Retirou da mala uma muda de roupa…

Na penumbra da casa diluiu-se no meio dos outros e cantou…



quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Bailarico



O verdadeiro sentido da democracia está no bailarico, na festarola, no pézinho a arrastar para a dança. Ninguem é excluido... todos dançam com todos, as velhas dançam umas com as outras, os putos cantam e a malta bate palmas e os cães correm como loucos.

O sentimento português conhece no arraial popular a expressão mais genuína: Amanhã logo se vê, pá!! enquanto se assam as febras e se bebe um copo de tinto não há défices, nem dívidas, nem nada... há festa!!

... é por isto que eu gosto de ser português.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Baaba Maal



Nasceu no Senegal, junto do rio com o mesmo nome. A religião muçulmana é predominante nesta região de Africa. É um país em vias de desenvolvimento…

Na música, ao contrário da política procura-se criar laços, raízes comuns… união.

Quem ultrapassa a barreira da mesquinhes, do egoísmo, quem não se fecha em fundamentalismos e radicalismos consegue perceber o conceito de humanidade e de palavras tão banais como fraternidade…

Escritas, cantadas… vividas

domingo, fevereiro 05, 2006

Entre a fama e a Glória..



Heitor Parafuso morreu a meio caminho entre a fama e a Glória. Eu passo a explicar. Heitor parafuso era trapezista, antes tinha trabalhado como bate-chapas nos arredores de Camarate. Heitor sonhava com o trapézio, aliás foi por isso que nunca saiu do 8º Ano, altura em que deu de caras com a geometria, foi amor à 1º vista. Depois de muitas voltas à vida acabou no circo... saltava do trapézio com 3 mortais encarpados e agarrava com os dentes o outro trapézio que voava à sua frente. O publico brindava-o com aplausos.
Heitor tinha um sonho. Saltar num trapézio no meio de Lisboa. Trapézio montado e o povo a ver... Heitor sobe à plataforma, aplausos, agradece. Salta destemido em Parafuso, 3 piruetas no ar. O publico eufórico. Rufos de tambor... prepara-se para o triplo salto mortal encarpado e aterrar com os dentes no trapézio que voava à sua frente.
Toma balanço... aí vai. Heitor a rodopiar no ar. Vê o trapézio a aproximar-se. Ouve-se um grito do publico... Heitor em queda livre. Heitor traz um pombo morto que abocanhou com toda a força no momento exacto em que este passava junto ao trapézio. Heitor morreu junto ao elevador da Glória...

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

"Cartas de Guerra"



"Nova evacuação ontem. Um soldado virou a bola no Mussuma queria pegar fogo a tudo. Um Eróstrato."

"A nova moda dos oficiais daqui é a bebida. A tensão é tão grande que se tem de libertar por qualquer lado. De modo que se bebe tudo quanto há em quantidades industriais."

" Lembras-te de te ter falado num cabo que dizia, a propósito de tudo, francatoriamente? Já não diz nada: pôs o pé numa mina anti-pessoal e deve ser amputado acima do joelho."

" O rapaz que fui socorrer à picada, morreu. A notícia chegou hoje laconicamente pelo rádio."

"...ontem sentado a esta mesma mesa, chorei um bocadinho...Sei lá porquê! Por tudo - acho."


...
 

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