segunda-feira, janeiro 30, 2006
Segundo plano
No plano em que se sentava, deixou por momentos as coisas do mundo e desenhou no ar uma estrada para o futuro. Planeava sair, correr, viajar por recantos da Terra...encontar gentes e lugares. No fundo queria sair do plano em que está e passar para outro... outro plano.
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Severa
Voltando ao fado...
No balcão rasca do Sólidó, entre um copo de três servido pela trisavó do triste fadista a que faltavam sete dentes a começar pelos da frente, soltaste a raiva presente numa nota só...
Se te alcunhavam Severa, de entre todas a mais fera, não seria por acaso. O desgraçado de mão em riste pecou por atraso. Afagava demorado uma nalga saliente outrora firme hoje pendente...
E a Severa de pé e o povo à escuta, solta-se um grito filho da p*ta e puxa a navalha presa na liga e contam as velhas da Lisboa antiga que do desgraçado ficou uma orelha e o resto do corpo morreu na ribeira e no fim da noite uma alcoviteira ainda viu a Severa no tasco acabado cantando alegre... tudo isto é fado.
terça-feira, janeiro 24, 2006
Intimidades
As conversas são feitas de silêncio. Não apenas… mas acima de tudo. De momentos em que os corpos estão presentes… e o pensamento acabou de embarcar em viagens mirabolantes. Sem constrangimento, o silêncio pode ser a partilha mais importante que temos para dar. As conversas são feitas de silêncio… mas também de regressos.
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