terça-feira, junho 07, 2005

Caminhos



“...Não passam de vagabundos, (...) fazem isto só pela Arte." Esta frase martelava-lhe a cabeça insistentemente.
Acordou sobressaltado, abriu os olhos com a percepção de que durante a sua vida, ele fora também um vagabundo que preferia percorrer caminhos diferentes daqueles que lhe indicavam. Sentia-se muitas vezes deslocado da realidade em que vivia, não compreendia uma sociedade onde a imagem que passamos é mais importante que a própria pessoa. Renunciava ao sistema viciado de favores e compadrios, não gostava da falta de carácter, não percebia porque é que as pessoas se trocam, se vendem…
Vivia num mundo que galopa em prol de interesses económicos, e onde as pessoas, algumas, vão sendo excluídas.
Sentou-se, respirou fundo, e foi até à janela. Estava um calor que o sufocava. Reparou nas pessoas que passavam apressadas por debaixo da sua janela e espreguiçou o olhar até ao fundo da rua. Acreditava numa outra maneira de estar no mundo, encontrava sentido para a sua vida na simplicidade em oposição ao consumismo que o rodeava. Sentia que a vida não pode ser desaproveitada com coisas mesquinhas. Escolheu outro caminho… há quem lhe chame de alternativo.

4 comentários:

Anónimo disse...

O reflexo de como vai o mundo.
Grande post!

Pedro F. Ferreira disse...

Se isso é ser alternativo, ser alternativo não é uma alternativa... é uma fatalidade. :)
Abraço.

musqueteira disse...

eheheheh...HMÉMNON;)Algo me diz que este Blog é de alguem já conhecido;)

matilde disse...

Tive a ousadia, se assim lhe podemos chamar, de colocar esta imagem no meu blog (com o cuidado, que me pareceu justo, de pôr uma hiperligação na imagem para este blog)...
Além da imagem, gostei do post... Talvez esta visão alternativa de ver o mundo contagie os que a lêem...!

 

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